"O som suave que sai do espaço entre os pés que dão o primeiro passo para caminhar na vertigem , devorando-a. O estardalhar do silêncio contido, o medo do gatilho no segundo preciso em que o dedo resolve disparar e fugir. O coro da corda que corre entre o pescoço e a voz, que eu ouço, que eu ouço. Agonia que um dia começou a soprar seus versos e não cessou de ser quase a consciência enorme desse inerme sonho chamado Vida.... Morte trazida pelo vento, arauto, agouro. Agora tudo num só hino: no choro triste do violino a funesta orquestra de um canto, a solidão do violão vil, corrompido, enforcado nas cordas chorosas ...chora cavaco, sopra flauta, a falta de paz, e nada mais... Dor da existência finda e menos linda ainda que triste... Enfim, o dom do fim, o não do sim, e o desespero harmônico que nunca cansa de cantar em sussurros: pula...atira...aperta...canta... E Eu vivo e canto e convido... Dança comigo tua própria dança, sobre teu próprio túmulo... Eu sou o músculo que te move, seu conselheiro, melhor amigo... O que se vai... O que se eleva... O suicídio, ao pé do ouvido..."