Meu corpo, mosaico de mim mesmo.
Destas mentiras dissipadas
que me colorem.
Absorto, abstrato meio a esmo,
as verdades mastigadas
e cuspidas pelo éden!
A verdade e a virtude se perderam
no inferno daquele jardim!
Hoje em dia só se encontram
no cheiro monótono das cores verdes,
em cada espaço vago, se decompondo em meu corpo...
Viva Adão ! E viva Eva !
Viva o pão ! E viva a erva !
E morte, apenas morte, para o resto das coisas!
Pois só vive o que apodrece,
pois só morre o que acontece,
pois só se apreça o que é prece.
Chega a tosse, chega o escarro...
Que hora à hora
de mim descole, o que é pedaço.
10/06/2005
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