Cruzam-se em meu quarto escuro:
A fumaça chorosa das velas;
O beijo do haxixe em fogo;
A polpa do incenso, no sabor do ar,
Formam corpos azuis, e sobem a parede
Azul
Em direção ao teto, azul...
Como uma onda de encontro ao céu.
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O quarto numa penumbra que espera:
chuva!
As mãos, em ossos quebrados que esperam:
luva!
O farto, d'uma linha reta que espera:
curva!
O ar pesado, carregado de demônios e
fumaça...
O ar parado, carregado de relógios e
não passa...
O tempoatado ao passado que rói e
traça...
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Nos traços em que me escrevo,
Nos braços em que estou preso
Clamei à noite,
respondeu a Morte...
As árvores negras, desejosas de silêncio...
domingo, 18 de janeiro de 2009
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